A China é uma das maiores economias do mundo e o Uzbequistão é um país emergente da Ásia Central. A parceria econômica entre esses dois países tem se expandido significativamente nos últimos anos. Em 2020, apesar da pandemia da Covid-19, o comércio bilateral entre a China e o Uzbequistão ultrapassou os US$ 5 bilhões, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas da China.

Investimentos

A China é um dos principais investidores no Uzbequistão. Entre 1996 e 2020, o investimento direto chinês no país somou US$ 7 bilhões. O setor de energia é um dos mais atraentes para os investidores chineses, com destaque para a exploração de gás natural. A China National Petroleum Corporation (CNPC) e a China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) são as principais empresas chinesas presentes no Uzbequistão.

Além disso, a China está investindo em projetos de infraestrutura no país, como a modernização da ferrovia que conecta a cidade de Angren ao porto de Tashkent, capital do Uzbequistão. O projeto, que recebeu financiamento do Banco de Desenvolvimento da China, visa ampliar o corredor de comércio químico entre os dois países.

Cooperação

A China e o Uzbequistão têm cooperado em diversas áreas, como energia, transporte, tecnologia, agricultura e turismo. Em 2019, os dois países assinaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de uma zona econômica especial em Navoi, no Uzbequistão. A zona será voltada para a produção de produtos eletrônicos, automotivos, têxteis e de construção.

Outro exemplo de cooperação é o projeto China-Central Asia Gas Pipeline, que transporta gás natural do Turcomenistão para a China através do Uzbequistão e do Cazaquistão. O gasoduto foi inaugurado em 2009 e tem capacidade para transportar 55 bilhões de metros cúbicos por ano.

Desafios

Apesar das oportunidades de investimentos e da cooperação, a parceria econômica entre a China e o Uzbequistão também enfrenta desafios. Um deles é a falta de diversificação das exportações uzbeques, que ainda são dominadas por produtos como algodão, gás natural e ouro. Para ampliar as exportações para a China, o Uzbequistão precisa investir em setores como tecnologia, automotivo e têxtil.

Além disso, o Uzbequistão precisa melhorar o ambiente de negócios e criar condições mais favoráveis para atrair investidores estrangeiros. O país tem passado por reformas econômicas desde a morte do antigo presidente Islam Karimov em 2016, mas ainda há desafios a serem superados, como a corrupção e a falta de transparência.

Conclusão

A parceria econômica entre a China e o Uzbequistão oferece oportunidades significativas para ambos os países. A China pode continuar a investir em projetos de infraestrutura e energia no Uzbequistão, enquanto o Uzbequistão pode ampliar as exportações para a China e atrair mais investimentos estrangeiros. No entanto, é importante enfrentar os desafios e superar as barreiras para que essa parceria possa crescer de forma sustentável e benéfica para ambos os países.